sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Certezas



E quanto mundo tenho pela frente! Quanta terra pra pisar, quanta rua pra andar, quanta gente pra trilhar! E cheiros pra reconhecer, olhares pra me apaixonar, desejos pra recolher! E quantos corações ainda vão me conhecer, e quantos mais me surpreender! É que é por dentro que quero continuar a voar! Por dentro do ar, do realizar! Posso voar no mar e na palavra amar! E quanto tempo tenho pela frente! Sem passar na frente. E vou precisar de tanta gente! Quantos beijos, ou todos os abraços! Quanto desejo e quanto bom presságio. E quanto ainda será que vou crescer! Não sei por que preciso de tanta coisa entender. Só espero que ao menos pare de doer. E que um dia não exista mais o tal do “vou ser”. Já posso bem saber que só desejo viver, sem correr nem tremer. Só viver num alvorecer! Mesmo ainda tendo muito chover, eu sei que vai escurecer, mas serei apenas VIVER em cada amanhecer, por dentro do ar que há em mim e em você. Sem nenhum espera, e nenhuma demora! Só por eu ser, por eu querer! Viver.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Passando




E eu sou um vento forte que assanha seus cabelos. Ou te espanta ou te faz espera! Que te remexe, que chama atenção e te faz parar mesmo sem cor, sem letra e sem som! Sou aquele vento frio que te arrepia, ou aquela brisa que te refresca! Que traz alegria ou lembranças. Que te dá paz, mas em alguns nada faz! Aquele que passa por você e vai embora. Sem rumo, sem deixar marcas nem rastros! Só uma saudade gostosa, com ares de verão. Daquelas que se fica com uma pontinha de esperança, só desejando que o ar me sopre de novo, pra que vc me assopre, pra me sentir passando!!!


quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Falling





É eu estou triste, e já faz algum tempo! E estou com saudades, e sinto rancor, e raiva muita raiva! Não sei nem de quem! Talvez de mim! Talvez da covardia! Ou das línguas podres que tentam nos atingir. Tudo parece oco, seco, só dor! Não há mais cor, nem alegria! Percebi o quanto sou pequena de verdade, e como fico fraca longe da luz daquele sol! E eu só me lembro que tudo foi grande demais, inclusive o machucado! Acho que não coube tudo em mim! Isso agora que não para de latejar, nada sai de mim! Não larga da minha pele, dos meus sentidos, da minha memória! Teu nome, tua imagem, teu som! E a decepção, que foi o que encontrei no fim do famoso túnel, faz o amor escorrer pelo meu rosto triste sempre que pode, e como escorre! Mas nunca seca só corre, corre, corre, me percorre... mas não morre!