domingo, 20 de maio de 2012

Bem Vindo


  
Eu sou filha dos céus, de um colapso de estrelas talvez, quem sabe eu seja um meteorito com ares de luz. Posso ter sido uma gota de chuva que caiu sobre o mar em uma linda noite de verão iluminada por uma grande e bela lua amarelo-ouro. Também já pensei que posso ter surgido de pedaços de sorrisos, ou de pólen velho de algum grande jardim! Ou apenas uma junção de átomos que por aqui pairavam. Não sei! Não procuro uma só definição. A imaginação sempre foi minha melhor identidade. E eu sou tão grande para ser dita numa frase!  Prefiro que me vejas, os olhos são janelas e na sua infinidade podem definir-me bem melhor! Mas o que verás a princípio não é nada do que precisas saber realmente, podes ter certeza disso. Todavia podes ser alguém de janelas mágicas, um daqueles poucos que enxergam além, além do que é para ser visto! Podes me ver fechar os olhos e me ver de novo. Podes me imaginar e me recriar. Podes me ver com calma, gosto de quem me decifra. Podes me achar demais, ou podes nem conseguir me achar. Podes até me achar mistério, mesmo diante tanta obviedade! Podes encontrar segredos envolvidos em imagens de passagens. E é tudo tão claro que acaba por transmitir uma tal complexidade, e o que há de mais subjetivo, que possam ser sonhos ou delírios, é o mais fácil para ser compreendido, basta apenas ser visto com um leve toque de insanidade. Tudo vai depender do teu olhar, você também vai precisar saber voar! Não que seja uma proeza, mas tu vais mergulhar, se fartar ou odiar e muito cuidado, pois é fácil tropeçar nas minhas peripécias. E saibas logo é intensidade ate cansar ou a loucura te pegar e o destino te arrastar, pra beira mar ou mais pra lá! 

Que seja!



E o que há de ser que seja feliz, por inteiro, sem nenhum receio. Que a felicidade transpareça sempre, que em qualquer lugar escuro ela brilhe e ilumine com os seus suspiros de esperança! Que nossos olhos aprendam a enxergá-la na mais sutil simplicidade. E que nossos corações saibam regá-la e cultivá-la dentro de nós!

domingo, 13 de maio de 2012

Bem Eu




Eu sou estranha assim mesmo, diferente, louca, insensata. Gosto de arrancar pele seca da boca, adoro assanhar meu cabelo, fazer careta e passo horas imaginando coisas que ainda não existem por aqui. Acredito em extraterrestres faço fé em mais de uma religião, invento futuros, questiono conceitos e teorias comprovadas, me desentendo com a natureza. Me escrevo e me jogo no lixo, me desenho e jogo cor por cima, eu gosto é disso mesmo, de ser colorida, de todas formas e todos os tons. Ainda tento falar com animais e acredito que eles me ouvem, adoro ver meu sangue (a cor da vida) e já vim com um livro escrito por dentro, eu só apago o que acho errado e saio caminhando por minhas linhas tortas e exageradas. Vivo levando topadas e cultivando, cultivando tudo que merece renascer em mim, ter algo de mim em si. Me rasgo, me corto, me divido, me grito, me exploro, me desentendo, me amo, me respeito e me deixo viver assim por aí e por lá. E quem mais me conhece tão bem? Quem mais tem direito a me julgar?
Sou exatamente uma louca com fome e desejo de vida. Sou criança, sou forte, sou besta, sou mulher! Ao ler eu sonho, ao cantar me completo, ao dançar eu me sou por inteira, me espalho, me expando, me espelho. Sou nota de música daquelas com barulho de desenho e alegria, com traços de sons de vida eu sou é ZUADA! Sou o que você não sabe, o que não julga certo, o que não acho errado, sou o que me faz feliz!

Insana Explosão



E eu estava ali enquanto o vento brincava com meus cabelos castanhos, a lua pairava no céu mostrando a sua inigualável e misteriosa beleza e o amor resolvia explodir aqui por dentro novamente. E tudo em mim foi enchente! E eu nem sabia explicar, mas tudo pipocava e me dava força de gritar, de lutar, de seguir, de amar e amar e amar e amar...
E me eis ali, uma escrava daquele sentimento imenso que havia dentro de mim e me movia como fantoche. Ninguém pode me dizer o que é amor ou o que não é porque ninguém sabe o que sinto, o que eu era ali ou quem eu não era mais! Era imensidão! Eu fui inundada por uma felicidade sem tamanho e sem razão, foi sufocada por uma paz que não tem hora marcada mais do nada lá estava e as lágrimas não conseguiam parar de provar que não cabia em mim aquilo tudo, transparecia mais que todo dia, mais que sempre!  FELICIDADE PLENA! E eu sei que era amor, e eu estava assim por vê-los tão bem, amar também pode ser isso ver aqueles sorrisos que tanto amo e que me fortalecem e que me fazem explodir de tanto amor. É eu explodi de amor por mais amplo que achei que fosse não coube em mim, eu fui irradiada, fui expansão, fui explosão, imensidão, fui o próprio amor que tinha com todo sentimento e irracionalidade. Fui amor sem pudor sem preocupação, AMOR LOUCO, amor verdadeiro! Pedaços do meu sorriso alto se desprendiam de mim, espalhando tudo de mais lindo que havia naquele momento, não poderia ser nada mais... Não existiria complemento, era aquilo tudo se invadindo e marcando que ia ficar todos os dias!  E ficou, eu estou morrendo de amor e eu abraço a morte com força e amo ser louca assim; pois quase ninguém nunca entende, mas é uma enxurrada de coisas boas o que é feio se perde em meio a tanta beleza que é a vida do amor. É SENTIMENTO, é INFINITO, é tudo que se faz necessário pra viver, pra VIVER, pra VIIVEEER mesmo de verdade. Sentir a vida em abraços, cheiros, palavras, olhares... em abrir os olhos para a vida para a verdadeira beleza ou em simplesmente saber que bate aquele coração! Eu amo morrer assim, a cada dia vou viver amando mais, caminhando em direção da morte com o amor me carregando pelos braços! Dia após dia estarei mais feliz por estar chegando, por tudo que amei e perdoei na longa ou curta caminhada, mas isso independe de mim, o que importa é como irei chegar até lá e como chegarei feliz e como será grande o meu sorriso ao olhar para trás!
Eu irei assim nessa explosão irradiante, amando caminhar e tropeçar e aprender, amando ter aprendido a maior lição desse mundo! A maior lição que existe; amar amando!
 
E amando sempre ser “tãããããããão joooooooooooovem, joooveeeeeeem”, pois está aqui dentro em tudo quanto é lugar. E assim será para sempre, e sempre serei joooooovem, pois na verdade não há nada para ser perdido!

sábado, 5 de maio de 2012

Efêmera




Eu gosto dos exageros, mas a base tem que ser natural, nada de superficialidade eu quero poder mergulhar fundo dentro de mim sempre que eu precisar. E nem preciso saber nadar a força é que me ergue como uma bóia me jogando novamente as margens mesmo quando eu preferir me comer por dentro e ser só eu, comigo mesma. E saiba que qualquer semelhança é mera coincidência, pois sou eu quem desenha diariamente a minha própria instabilidade. A veracidade sempre renascerá em mim, a fonte da minha alegria continuará sendo o amor (e o que são as decepções diante do mais belo sentimento?), serei fugaz até a ultima batida mesmo quando o físico disser o contrário e algo em mim gritar que é hora de descansar; eu não vou parar. Pisarei alto sem receio de onde vou chegar, sempre me deixarei voar com o vento, pois cair já não me assusta, eu não preciso ser bela nem me resguardar, pelo contrário preciso ser hoje com tudo que há em mim, pois o que vale mesmo é o que poucos enxergam. De forma sucinta passarei por aqui, engolindo esse mundo e cuspindo fora o que me fez mal, o que me engasga, o que acha que sabe nadar por simplesmente conseguir andar no raso.