Eu sou filha dos céus, de um colapso de estrelas talvez, quem
sabe eu seja um meteorito com ares de luz. Posso ter sido uma gota de chuva que
caiu sobre o mar em uma linda noite de verão iluminada por uma grande e bela
lua amarelo-ouro. Também já pensei que posso ter surgido de pedaços de
sorrisos, ou de pólen velho de algum grande jardim! Ou apenas uma junção de
átomos que por aqui pairavam. Não sei! Não procuro uma só definição. A
imaginação sempre foi minha melhor identidade. E eu sou tão grande para ser
dita numa frase! Prefiro que me vejas,
os olhos são janelas e na sua infinidade podem definir-me bem melhor! Mas o que
verás a princípio não é nada do que precisas saber realmente, podes ter certeza
disso. Todavia podes ser alguém de janelas mágicas, um daqueles poucos que
enxergam além, além do que é para ser visto! Podes me ver fechar os olhos e me
ver de novo. Podes me imaginar e me recriar. Podes me ver com calma, gosto de
quem me decifra. Podes me achar demais, ou podes nem conseguir me achar. Podes até
me achar mistério, mesmo diante tanta obviedade! Podes encontrar segredos
envolvidos em imagens de passagens. E é tudo tão claro que acaba por transmitir
uma tal complexidade, e o que há de mais subjetivo, que possam ser sonhos ou
delírios, é o mais fácil para ser compreendido, basta apenas ser visto com um
leve toque de insanidade. Tudo vai depender do teu olhar, você também vai precisar
saber voar! Não que seja uma proeza, mas tu vais mergulhar, se fartar ou odiar
e muito cuidado, pois é fácil tropeçar nas minhas peripécias. E saibas logo é intensidade ate cansar ou a
loucura te pegar e o destino te arrastar, pra beira mar ou mais pra lá!
domingo, 20 de maio de 2012
Que seja!
E o que
há de ser que seja feliz, por inteiro, sem nenhum receio. Que a
felicidade transpareça sempre, que em qualquer lugar escuro ela brilhe e
ilumine com os seus suspiros de esperança! Que nossos olhos aprendam a
enxergá-la na mais sutil simplicidade. E que nossos corações saibam regá-la e
cultivá-la dentro de nós!
domingo, 13 de maio de 2012
Bem Eu
Eu sou estranha assim mesmo, diferente, louca, insensata.
Gosto de arrancar pele seca da boca, adoro assanhar meu cabelo, fazer careta e
passo horas imaginando coisas que ainda não existem por aqui. Acredito em
extraterrestres faço fé em mais de uma religião, invento futuros, questiono
conceitos e teorias comprovadas, me desentendo com a natureza. Me escrevo e me
jogo no lixo, me desenho e jogo cor por cima, eu gosto é disso mesmo, de ser
colorida, de todas formas e todos os tons. Ainda tento falar com animais e acredito
que eles me ouvem, adoro ver meu sangue (a cor da vida) e já vim com um livro
escrito por dentro, eu só apago o que acho errado e saio caminhando por minhas
linhas tortas e exageradas. Vivo levando topadas e cultivando, cultivando tudo
que merece renascer em mim, ter algo de mim em si. Me rasgo, me corto, me
divido, me grito, me exploro, me desentendo, me amo, me respeito e me deixo
viver assim por aí e por lá. E quem mais me conhece tão bem? Quem mais tem
direito a me julgar?
Sou exatamente uma louca com fome e desejo de vida. Sou
criança, sou forte, sou besta, sou mulher! Ao ler eu sonho, ao cantar me
completo, ao dançar eu me sou por inteira, me espalho, me expando, me espelho.
Sou nota de música daquelas com barulho de desenho e alegria, com traços de sons
de vida eu sou é ZUADA! Sou o que você não sabe, o que não julga certo, o que
não acho errado, sou o que me faz feliz!
Insana Explosão
E eu estava ali enquanto o vento brincava com meus cabelos
castanhos, a lua pairava no céu mostrando a sua inigualável e misteriosa beleza
e o amor resolvia explodir aqui por dentro novamente. E tudo em mim foi
enchente! E eu nem sabia explicar, mas tudo pipocava e me dava força de gritar,
de lutar, de seguir, de amar e amar e amar e amar...
E me eis ali, uma escrava daquele sentimento imenso que
havia dentro de mim e me movia como fantoche. Ninguém pode me dizer o que é
amor ou o que não é porque ninguém sabe o que sinto, o que eu era ali ou quem
eu não era mais! Era imensidão! Eu fui inundada por uma felicidade sem tamanho
e sem razão, foi sufocada por uma paz que não tem hora marcada mais do nada lá
estava e as lágrimas não conseguiam parar de provar que não cabia em mim aquilo
tudo, transparecia mais que todo dia, mais que sempre! FELICIDADE PLENA! E eu sei que era amor, e eu estava
assim por vê-los tão bem, amar também pode ser isso ver aqueles sorrisos que
tanto amo e que me fortalecem e que me fazem explodir de tanto amor. É eu
explodi de amor por mais amplo que achei que fosse não coube em mim, eu fui
irradiada, fui expansão, fui explosão, imensidão, fui o próprio amor que tinha
com todo sentimento e irracionalidade. Fui amor sem pudor sem preocupação, AMOR
LOUCO, amor verdadeiro! Pedaços do meu sorriso alto se desprendiam de mim,
espalhando tudo de mais lindo que havia naquele momento, não poderia ser nada
mais... Não existiria complemento, era aquilo tudo se invadindo e marcando que
ia ficar todos os dias! E ficou, eu estou
morrendo de amor e eu abraço a morte com força e amo ser louca assim; pois
quase ninguém nunca entende, mas é uma enxurrada de coisas boas o que é feio se
perde em meio a tanta beleza que é a vida do amor. É SENTIMENTO, é INFINITO, é
tudo que se faz necessário pra viver, pra VIVER, pra VIIVEEER mesmo de verdade.
Sentir a vida em abraços, cheiros, palavras, olhares... em abrir os olhos para a vida para a verdadeira beleza ou em simplesmente saber que bate aquele coração! Eu amo morrer assim, a cada dia vou viver
amando mais, caminhando em direção da morte com o amor me carregando pelos
braços! Dia após dia estarei mais feliz por estar chegando, por tudo que amei
e perdoei na longa ou curta caminhada, mas isso independe de mim, o que importa é como
irei chegar até lá e como chegarei feliz e como será grande o meu sorriso ao olhar
para trás!
Eu irei assim nessa explosão irradiante, amando caminhar e
tropeçar e aprender, amando ter aprendido a maior lição desse mundo! A maior
lição que existe; amar amando!
E amando sempre ser “tãããããããão joooooooooooovem,
joooveeeeeeem”, pois está aqui dentro em tudo quanto é lugar. E assim será para
sempre, e sempre serei joooooovem, pois na verdade não há nada para ser perdido!
sábado, 5 de maio de 2012
Efêmera
Eu gosto dos
exageros, mas a base tem que ser natural, nada de superficialidade eu quero
poder mergulhar fundo dentro de mim sempre que eu precisar. E nem preciso saber
nadar a força é que me ergue como uma bóia me jogando novamente as margens
mesmo quando eu preferir me comer por dentro e ser só eu, comigo mesma. E saiba
que qualquer semelhança é mera coincidência, pois sou eu quem desenha
diariamente a minha própria instabilidade. A veracidade sempre renascerá em
mim, a fonte da minha alegria continuará sendo o amor (e o que são as decepções diante do mais belo sentimento?), serei fugaz até a ultima
batida mesmo quando o físico disser o contrário e algo em mim gritar que é hora
de descansar; eu não vou parar. Pisarei alto sem receio de onde vou chegar, sempre
me deixarei voar com o vento, pois cair já não me assusta, eu não preciso ser
bela nem me resguardar, pelo contrário preciso ser hoje com tudo que há em mim, pois o que vale mesmo é o que poucos enxergam. De forma sucinta passarei por aqui, engolindo
esse mundo e cuspindo fora o que me fez mal, o que me engasga, o que acha que
sabe nadar por simplesmente conseguir andar no raso.
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