Talvez seja
culpa dessa minha mania de subestimar os meus problemas, mas eu acho que
aprendi dessa vez, eles sempre podem piorar! Percebi que quanto mais forte eu
tento ser maior se torna o problema, a vida não se contenta ate encontrar uma
fraqueza, até pesar demais e eu deixo de aguentar e caio. Não importa o tamanho
da queda, nem o tamanho da ferida que me causa, mas é sempre assim sempre caio,
sempre me arrasto, sempre levanto. Não sei mais se isso é crescer! Se for não
entendo porque a vida me quer tão grande! Talvez ela só queira que eu aprenda mais
alguma coisa ou talvez a vida faça só por pirraça mesmo, talvez ela goste de me
ver levantar ou goste mesmo é de me ver no chão!
sábado, 8 de setembro de 2012
sábado, 1 de setembro de 2012
História de uma cicatriz
E num piscar de olhos só restava a cicatriz. Diferente das
outras essa era pequena aos olhos de quem observava, era simples, sem contorno
nem formato interessante. Ela se escondia dentro de um colo e a frente de um
maltratado coração. Mas era profunda, tanto que tenho certeza que não
enxergaria seu fim. E só quem a conhecera muito, muito bem, saberia do seu
tamanho e que tudo ali estava a doer por baixo daquela que parecia apenas mais
uma singela casca. Era isso que a fazia ser tão linda e causar tanto orgulho e
saudade; a sua história! Ninguém poderia imaginar que ela havia sido findada no
auge do maior amor que aquelas almas sonhavam conhecer, em meio a tantos sonhos
e planos, forjada de sorrisos e por tanta felicidade! Que com certeza era TUDO naquele
momento, bem melhor que o alimento e mais precioso do que o próprio ar. Entretanto
o tempo de tormenta não tardou a chegar, a tempestade e o frio devastaram tudo o
que era frágil, tudo o que não podia ser concertado. As fraquezas não eram maiores
que aquele sentimento infindo por si só, mas como um alicerce quebrando tudo se
feriu e de uma queda ou de um devaneio (como queira chamar), mais um amor
cumpriu sua profecia de por ser tão grande ter que ser triste. E então veio a
dor, só dor, dor na alma, dor na pele, dor de saudade. Dor que se alastrou,
talvez para que nunca possam se esquecer, se é que isso fosse possível um dia. Haviam
duas vidas e uma alma e num piscar de olhos restaram duas almas sem vidas e uma
bela e dolorosa cicatriz.
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