Noite escura
Mais que pura
Olha e Cura
Essa amargura
É uma lonjura
De tanta altura
E espessura
Mas a bravura
Como clausura
Que se tortura
Na sepultura
A criatura
Que vê e jura
Que é ditadura
Uma figura
Meio obscura
Que por ventura
Sempre procura
Uma Loucura
Na formosura
De uma pintura
Cheia de censura
Faz uma leitura
Na temperatura
Da literatura
Que se tintura
Numa textura
Prematura
Quase segura
Nomenclatura
Numa abertura
Da travessura
Sem fratura
Nem frescura
Mas com cultura
Só tem doçura
Fina cintura
Que se emoldura
Numa futura
Floricultura
Que inaugura
Bela gordura
Mas porventura
É só gravura
Bem imatura
De partitura
Que configura
Uma aventura.
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