sexta-feira, 6 de maio de 2011

Amante


Sou uma amante de rosas
Nesse mundo onde nada tem o devido valor
Pessoas vão e vêm, idéias são e deixam de ser
Paixões acontecem, amores se acabam
Espinhos nos ensinam a viver
Choramos por saudade, e rimos de medo
Ampliamos desejos, fazemos acontecer
Vivemos sem definição
Temos uma liberdade medida
Que não é medida pelo tamanho mais pela intensidade
Sou amante das histórias, amante de amores
Sorrisos se tornaram apagados
Mais as lagrimas nunca foram tão verdadeiras
O brilho dos olhos abre caminhos
Força e fé ainda não se separaram
E a esperança como sempre ainda está lá
Mesmo depois que tudo acabou
Sou uma amante de verdades, e do que é intenso
Nunca estivemos sozinhos, só nos sentimos solitários!
Somos cegos que conseguem enxergar
Inundados por teorias racionais
As verdades são menos faladas
Sentimentos se tornaram mais ousados
Sabores mais convidativos, olhares mais diretos
Aromas trazem mais lembranças
Minutos passaram a ser muito tempo
E segundos pouco demais
Momentos a cada dia são mais valorizados
O passado é sinônimo de lição
E o futuro sempre foi uma nova chance...
Sou amante do presente, das lições e dos recomeços
Valores não valem mais preços tão altos
Vejo dias mais pesados e noites mais tranqüilas
Sinto falta de bons sons, chuva é musica para meus ouvidos
Nunca estivemos tão á frente
Mais nunca estivemos tão distantes
Em um mundo considerado interligado
Não sofremos pelo que devíamos
Escolhemos o que mais nos convém
Continuamos egoístas
Sou amante dos defeitos
Observo porcos com anéis de brilhantes
Parece que preferem fechar os olhos
Sou amante de sinceridades
Mentiras agora são mais intencionais
Palavras mais fáceis
Papéis mais importantes
E detalhes mais valiosos...
Sou uma amante de rosas!

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